Nesse espaço, buscamos fornecer subsídio para que ocorra uma grande quebra de paradigma junto aos pecuaristas: a internalização do conceito de que o resultado produtivo não deve ser encarado como um fim, mas sim como o (único) meio possível para que se alcance o real objetivo da atividade, que é um resultado financeiro positivo, sustentado e longevo, afinal de contas a atividade é plurianual. Há que se imprimir razão no mar de paixão que caracteriza o setor.

Entendemos que a busca pela sustentabilidade do setor produtivo é uma premissa fundamental para viabilizar o seu futuro e deve diuturnamente perseguir os pilares ambiental, social e governança, além do BEA (bem-estar animal). Porém, todo esse esforço deve ser precedido pela sustentabilidade financeira/econômica. Nenhuma fazenda se perpetuará verde, se não estiver no azul…

A pecuária vem sentindo uma forte diminuição da sua margem operacional por unidade produzida (arroba) ao longo das últimas décadas. Em resposta, os produtores têm dado foco à intensificação produtiva da atividade. Quem não está seguindo este caminho, deixará a atividade mais cedo, ou mais tarde.

Já que a intensificação é a única saída, há que se lembrar algo fundamental e normalmente esquecido: quem intensifica, intensifica tudo, inclusive os seus riscos. Logo, o esforço para o tão perseguido ganho em produtividade não deve ser prioritário ao esforço para a melhoria da gestão em todos os seus aspectos (gestão produtiva, financeira, de pessoas e do risco de preço).

Assim pensamos, assim recomendamos e assim agimos.