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Companheira(o) que carrega o pó da viagem,
Compartilhamos no podcast desse final de semana o resultado da árdua tarefa de proteção das arrobas que abatemos no final de outubro. É como se fosse um BBB da nossa gestão de risco de preço, praticada na Fazenda Terra Madre, onde nossas atitudes se alinham às nossas palavras.
Essa gestão de risco de preço teve algumas características marcantes. Foi de longe a mais difícil que já fizemos.
As duas primeiras ferramentas elencadas como ideais (no nosso gosto) para essa proteção não puderam ser implementadas. Apelamos para a terceira da lista de prioridade… Tivemos que ser resilientes, não desistindo nunca. E quem não tem cão, caça com gato! Vale o ditado popular…
Essa estratégia de proteção foi a que mais trouxe uma mistura intensa de sentimentos, que foram desde um desconforto grande, e misturado com uma sensação de arrependimento, até o êxtase de uma proteção de preço que nos deixava imune ao histórico derretimento que a arroba experimentava em agosto (tal como ocorreu na época da operação Carne Fraca em meados de 2017, quando portávamos debaixo do braço algumas dezenas de PUTs compradas).
Também ficou claro que uma vez implementada, uma estratégia pode ser sempre modificada para mitigar mais ainda os riscos, ou para garantir antecipadamente ganho (mesmo que isso possa até aumentar momentaneamente o nível de risco).
Portanto, fica também o aprendizado que jamais podemos “baixar a guarda” ou “desligar o radar”, pois as oportunidades continuam a aparecer, mesmo após implementarmos uma boa proteção. Como gosto de dizer nas palestras: “o mercado é filme e não foto” (há que se acompanhar, sempre)!
É preciso escutar o que os gráficos dizem sobre as relações históricas de preços ao longo dos elos das cadeias pecuárias (eles antecipam fortes movimentos). Os gráficos falam muito, por vezes gritam tão alto que não conseguimos escutar. O retorno às médias é uma racional muito poderosa. Nenhum invernista vende carne in natura, mas deve acompanhar diariamente o que ocorre com a carne no mercado interno e na exportação.
No final das contas, pós-abate, fica uma sensação extremamente gratificante de dever cumprido, a qual isentou nosso patrimônio de um ajuste negativo contundente. Mas fica o alerta: o jogo está ficando mais difícil!
O nível de volatilidade do mercado pecuário tem sido insano, recorde para as bases históricas. A pecuária sem gestão de risco está morta e enterrada, tal qual está morta e enterrada, aquela pecuária sem o pacote tecnológico e a boa gestão que asseguram a entrega zootécnica.
O binômio “produção zootécnica” e “a tríade da gestão” (produtiva, financeira e de risco de preço) é o único caminho para a perenidade da atividade! Novas habilidades e competências são necessárias e urgem para o gestor pecuário. Capacite-se ou você será expulso da pecuária.
Em resumo: lidar com os filhos tem sido como lidar com a gestão de risco de preço da pecuária: a próxima fase vai sempre ficando mais difícil, mas o resultado tem se mantido prazeroso.
Mais detalhes desse conteúdo, formato de podcast, estão a sua espera no Spotfy (https://open.spotify.com/show/6vXjdje2ggR7k73tThdPz7?si=c89bb545efab4c23) e no botão PLAY abaixo.
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